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17 de agosto de 2013

Sogrape, Mateus Rosé

Sempre que via esse vinho nas prateleiras dos mercados ficava com um pé atrás, será que é uma boa compra?

Da mesma forma que um livro torna-se emblemático após ser fotografado na cabeceira da cama de alguma personalidade influente, esse vinho já foi fotografado mesa da Rainha Elisabete da Inglaterra, do líder cubano Fidel Castro, literalmente na boca do músico Jimi Hendrix, encontrado aos montes na adega do ex-líder Saddan Hussein e na letra da música Social Disease do cantor Elton John.

Essa dúvida permaneceu até experimentá-lo numa degustação de vinhos portugueses.

É, para aqueles que gostam de vinhos, um vinho ligeiro, mas extremamente agradável. Não tem pretensões de ser um vinho estruturado ou que brinca com a imaginação daqueles que estão tentando desvendar aromas e sabores, a preocupação desse vinho é se ele é agradável e ponto final.

Esse vinho português produzido pela Sogrape é um feito com as castas Baga, Rufete, Tinta Barroca e Touriga Francesa. É de cor rosa claro brilhante e translúcido, no nariz apresentou uma frágil fruta vermelha no fundo quase imperceptível. Na boca é jovem e fresco, uma leve efervescência e uma acidez bem marcante.

Foi degustado com uma entrada pra lá de exótica, salada de arroz negro, que no começo desconfiei, mas depois da primeira garfada até repeti.

Um parêntesis é o sabor do arroz negro, completamente diferente do sabor do arroz convencional, lembra muito pequenos grão de uma avelã ou castanha, extremamente saboroso. Essa degustação foi promovida pela marca La Pastina e contou com a presença da culinarista Cristina e o sommelier Sandor.

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