São raríssimos exemplos em que uma uva pouco conhecida e prestigiada em sua origem possa se tornar um sucesso quando transplantada para outro local. Vale dizer que dentre esses raríssimos casos está a uva Malbec, que na sua origem no sudoeste da França não é lá essas coisas, mas tornou-se emblemática na Argentina, fazendo com que grandes produtores se instalassem em terras vizinhas.
Ao que parece, a vinícola Don Laurindo, do Vale dos Vinhedos na serra gaúcha está apostando no mesmo com a uva Ancellotta, que na sua origem, Emilia-Romagna, desempenha um papel coadjuvante no Lambrusco.
O Reserva Ancellotta é um vinho muito bom e muito bem feito, como outros que experimentei da vinícola Don Laurindo. De cor vermelho púrpura escuro é bastante brilhante e tingiu a taça. No nariz mostrou muita fruta, madeira e caça, bem diferente dos que já havia tomado. Na boca é frutado, marcante e com muitos taninos.
Não é um vinho pra se tomar sozinho, precisa de algo a altura, queijos fortes e carne devem ser um bom acompanhamento, ao contrário do que escrevi, tomei o meu sozinho, a adstringência deixou a boca um pouco amarrada.
Vale bastante pela iniciativa de se tomar um vinho de uma casta pouco conhecida, que até então é normalmente utilizada para dar cor a vinhos de outras uvas. Infelizmente não é um vinho que se encontra facilmente por aí, mas quando encontrado o custo-benefício é bastante bom.
13 de agosto de 2013
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