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30 de setembro de 2013

Casillero del Diablo - Don Melchor de Concha y Toro


Don Melchior de Concha y Toro
fonte: Wikipedia
Melchor Santiago de Concha y Toro nasceu em Santiago, no Chile em 10 de Outubro de 1833. Foi advogado exerceu cargos políticos como o de Deputado e Ministro da Fazenda.

Em 1883, Melchor entra para o negócio do vinho ao trazer algumas mudas de cepas francesas da região de Bordeaux para plantá-las na região do Rio Maipo. Neste mesmo ano, contrata o enólogo francês Monsieur Labouchere para iniciar um projeto que é o marco de fundação da Vinícola Concha y Toro.

Melchor separava os melhores vinhos e os guardava em uma pequena cômodo afastado da casa (denominado casillero), com o tempo percebeu que algumas garrafas haviam sumido. Rapidamente, Melchior difundiu a notícia de que naquele local habitava o diabo. Durante a noite, mandava prender perto deste local seu touro mais negro que de tempos em tempo emitia seu bufado causando ainda mais temor aqueles que se atreviam e desconfiar da estória do diabo.

Comercialmente a linha Casillero del Diablo como conhecemos iniciou sua produção em 1998.
Don Melchior faleceu em Santiago no dia 21 de Julho de 1892, mas a lenda do Casillero continua viva e é sinônimo de um grande vinho com preços populares.

29 de setembro de 2013

Porrona, Montecucco Sangiovese 2009

É um vinho da região italiana da Toscana, tendo denominação de origem controlada (DOC) Montecucco. É um vinho produzido com 85% de uvas Sangiovese, 10% de uvas Petit Verdot e 5% de uvas Alicante.

É um vinho de vermelho rubi intenso, brilhante, quase púrpura. Deixou lágrimas finas na taça e a tingiu com uma fina camada vermelho rubi. Apresentou aromas de fruta madura em compota e madeira tostada, no final apareceu o caramelo tostado. Na boca é frutado com ameixa, especiarias e caramelo tostado.

Apesar do nome Sangiovese estar em letras garrafais, é um corte de Sangiovese com outras uvas. Esse vinho passa por um estágio em carvalho durante 12 meses, o que deixa o mesmo com toques tostados de madeira muito pronunciados.

Esse foi tomado direto da máquina Enomatic, sem acompanhamento. Mas é um vinho que se encaixa com comida italiana, presuntos e antepastos.

Alta Vista, Premium Malbec 2009

Sempre me deparava com esse Alta Vista Premium nas adegas por aí e acabava comprando sempre outro em seu lugar, mas na minha última visita a Argentina resolvi comprar duas garrafas e por à prova.

Esse Malbec de Luján de Cuyo em Mendoza, na Argentina é produzido pela Bodega Altavista e passa 12 meses em barricas de carvalho francês e americano, o que lhe dá toques de baunilha e até menta no nariz e na boca, além da característica explosão de fruta negra como amoras e ameixas.

Na taça é vermelho púrpura (quase sangue) que além de tingir a taça de imediato, cria filetes de lágrimas vermelhas.

É um vinho untuoso e forte traz fruta madura, amoras em compota e um final tostado e com leve álcool. Não é um vinho pra se beber sozinho, requer um acompanhamento à altura.

Foi degustado com um filé ao forno, mas percebi que poderia acompanhar um prato mais forte e talvez até um pouco mais gorduroso, pode ser até um pecado digno de inquisição, mas lembrei daqueles costelões gaúchos.

Duvel

A Duvel é uma cerveja belga no estilo Golden Strong Ale produzida pela Brouwerij Moortgat.

É uma cerveja que me impressionou pela cremosidade de sua espuma, é quase a espuma de um chopp bem tirado. É uma cerveja amarelo dourado um pouco turva, com um espuma alta e cremosa de longa persistência. Seu aroma tem um pouco de frutas cristalizadas, grama molhada e toques cítricos. Na boca é forte e de gosto metalizado no começo com a sensação de frutas cristalizadas e no final mais amargo e azedo. É possível sentir a refrescância do álcool que é de 8,5%.

É comercializada em garrafas gordinhas de 330ml.

A palavra Duvel, pelo que consegui garimpar na net é uma palavra flamenca para diabo. Mas a cerveja não é nada diabólica, é uma ótima cerveja pra que gosta de finais mais amargos. Essa eu tomei junto com uma chipa de queijo, mas ela propõe pratos mais condimentados.

28 de setembro de 2013

Mionetto Sérgio MO, Prosecco

A Mionetto está localizada na região do Veneto italiano (famosa pelas uvas Prosecco e pela cidade de Veneza) desde 1887.  Sergio Mionetto é o responsável pela produção dos espumantes da vinícola e tem na linha Sérgio Mo sua expressão máxima.

A garrafa é pesadíssima fabricada com uma grossa camada de vidro extremamente negro, vem com um alto relevo MO.

Este espumante é um denominação de origem controlada (DOC) Prosecco di Valdobbiadene composto por 70% de uvas Prosecco e 30% do corte das uvas Verdiso, Bianchetta e Chardonnay.

Diferente do champagne, seu principal concorrente, o Prosecco é produzido com o método Charmat, onde a fermentação secundária ocorre em tanques de aço inox, tornando a produção muito menos cara.
De cor amarelo palha com reflexos esverdeados, produz muitas bolhas finas e persistentes até o finalzinho do espumante na taça. É um espumante de aroma floral e toques de anís bem marcantes. Na boca é soberbamente seco, levemente frutado com predominância da maçã verde e amanteigado, com uma acidez gostosa e final levemente amargo, característica da uva Prosecco.

É um espumante delicado que combina com pratos delicados de frutos do mar e peixes. Esse foi degustado sozinho e desceu muito fácil num dia bastante quente.

Prosecco é uma uva branca originária da região do Venetto, na Itália. Apenas dois lugares têm o direito à denominação de origem controlada do Prosecco, são as vilas de Valdobbiadene e Conegliano. Produz vinhos de aroma floral e sabor frutado como o melão e o pêssego, seu final é mais amargo porém elegante.

27 de setembro de 2013

Duff Beer

Muito legal a combinação da magia dos desenhos animados com algo tão apreciado pela maioria das pessoas. Trazer para o mundo real a cerveja do Homer Simpson foi uma grande sacada.

É uma cerveja do tipo lager, de cor amarelo dourada com pouca espuma produzida por bolhas finíssimas e de curta persistência. Tem um aroma instigante, muito melhor do que as outras lagers que já tomei, é mais frutado com toques agradáveis de couro e chocolate. Na boca é um pouco mais ácida, o que faz a boca salivar com intensidade, é mais saborosa do que as que já tomei, mas senti um pouco de falta de sabor no final, dando uma sensação de cerveja de final aguado.

Desce fácil e quando acaba você procura por mais! 

Como está escrito no rótulo, você neste momento não está segurando uma cerveja. Está segurando uma lenda! Comprei essa cerveja pelo obvio e aparente apelo de marketing de estar tomando da mesma cerveja que o anti-heroi Homer, mas ela tem mais qualidades do que propriamente o marketing. Quem teve a ideia de trazer para o mundo real acertou na mosca.

É comercializada em garrafas de 355ml e tem 5% de álcool.

Terranova Brut Rose

Foi a primeira vez que experimentei um espumante fora do circuito moscatel, chardonnay  e pinot noir. Ótima surpresa, sugestão do amigo Márcio Marson.

É um espumante produzido pela Miolo com uvas Grenache no Vale do Rio São Francisco no nordeste brasileiro. É a primeira vez que tomo um espumante com essa uva.

É um espumante de brut, com pouco açúcar (de 1 à 15 gramas por litro). A cor é de um róseo romã, com reflexos acobreados,  é o charme do espumante. As bolhas são constantes e finas. Permaneceram na taça até o final. O aroma desse espumante lembra flores em forte intensidade, fácil de perceber. Na boca tem uma leve acidez, amanteigado e de um gosto de fruta vermelha, morangos.

É um espumante gostoso e muito fresco, combina com pratos leve, frutas e saladas. Esse foi degustado com iscas de frango a passarinho e combinou muito bem.
Brasil

Alto Pampas del Sur, Pinot Noir 2008

É um vinho produzido pela Trivento Bodegas e Vinhas em Mendoza na Argentina com uvas Pinot Noir.

Vinho de cor vermelho rubi brilhante que deixaram lágrimas discretas na taça. Aroma bastante delicado e intenso de frutas vermelhas como cereja e framboesa e um final de flores do campo. É um vinho fresco e jovem com sabor de frutas vermelhas e toques de madeira e baunilha.

Não sou dos mais fãs de vinhos Pinot Noir produzidos em Mendoza na Argentina, acho Mendoza um pouco quente demais pra esse tipo de uva... Já tomei vinhos muito bons dessa uva vindos da Patagônia, mas esse foi uma surpresa agradável.

Foi degustado sozinho (quase um impropério), Dalton me fez companhia e bebeu praticamente todo o conteúdo da garrafa. Vinho de ótimo custo-benefício, combina muito bem com um uma massa com molho vermelho ou até um corte de bife sem muito condimento.

26 de setembro de 2013

Doña Paula, Estate Pinot Noir 2010

Tenho uma certa queda, coisa de paixão mesmo pela uva Pinot, quando comprei desconfiei da qualidade do produto fabricado em Mendoza, pois querendo ou não a uva Pinot não é flor que se cheire e prefere lugares onde o dia é mais frio do que Mendoza na Argentina.

De cor vermelho rubi fosco deixou muita lágrima na taça. O aroma agradável de frutas vermelhas (amoras e framboesas) com um pouco de baunilha. Na boca é muito suave e poucos taninos e bem leve acidez  deixando na boca com um gosto de baunilha no final do gole.

Foi degustado com uma lasanha a bolonhesa caprichadíssima da Artesanali Massas e Molhos e ficou muito bom, tirando elogios de amigos que não gostam dessa uva.

25 de setembro de 2013

Dom José, Porto Tawny 2004


Esse vinho é fabricado pela Real Companhia Velha de Portugal com um corte de várias uvas locais portuguesas como Touriga Nacional, Touriga Francesa, Tinta Roriz e Tinto Cão. Tem denominação de origem controlada do Dão. Este vinho é conhecido como Vinho do Porto a partir da segunda metade do século XVII por ser exportada para todo o mundo a partir desta cidade.

Vinhos do Porto do tipo Tawny envelhecem de dois a três anos nos balseiros, passando depois para as pipas de 550 litros. Estas permitem um mais elevado contacto do vinho com a madeira e daí com o ar. Assim os Tawny respiram mais, oxidando e envelhecendo rapidamente. Devido à elevada oxidação os Tawny perdem a cor inicial dos vinhos tintos, ganhando tons mais claros como o âmbar, e sabores a frutos secos como as nozes ou as amêndoas. Com a idade os Tawny ganham ainda mais complexidade aromática, enriquecendo os aromas de frutos secos e adquirindo aromas de madeira, tostado, café, chocolate, mel, etc.

Vinho de cor âmbar escuro, quase terracota, brilhante e não translúcido. Aroma de frutas silvestres (amoras e framboesas) e madeira. A madeira deu ao vinho um sabor acentuado de caramelo e tabaco. Na boca é saboroso, mas não muito complexo, com frutas vermelhas (morangos e cerejas), um pouco de álcool mais do que o desejado, apesar de ser esperado isso num vinho fortificado, mas valeu a pena mesmo assim.

É ideal para acompanhar sobremesas como chocolate e bolos de inverno com nozes e mel. Degustado com uma barra de chocolate da Lindt deu um charme ao ótimo chocolate.

24 de setembro de 2013

Baden Baden, Weiss

Essa é um cerveja típica do sul da Alemanha, só que produzida no Brasil pelo grupo Schincariol. É uma cerveja do tipo German Weizer (cerveja de trigo alemã) muito bem feita.

De cor amarelo turva, um creme simpático formado com bolhas finíssimas. O aroma segue o jeitão alemão, massa de pão fermentando, banana em abundância e toques de cravo. Na boca segue o aroma, fermentação elegante, banana e cravo. É uma cerveja bastante agradável e muito bem feita.

É comercializada em garrafas de 500ml e tem uma graduação alcoólica de 5,2%.

Experimentei essa com uma comida típica alemã, salsicha alemã com mostarda, e já vou logo dizendo, não era fã de mostarda até esse dia. A mistura dos três faz coisas sensacionais aparecerem, a acidez picante da mostarda abre o sabor da cerveja que combina com a carne, enfim, sugiro a experiência.

Eral Bravo, Urano Syrah 2012

A Eral Bravo é uma das mais promissoras novas vinícolas argentinas, propriedade de Matias Sanchez Nieto, ex-proprietário da Nieto Senetiner. A Eral Bravo tem se dedicado à produção de pequenas quantidades de vinhos de excelente qualidade.

O Urano Syrah é um vinho produzido unicamente com a uva Syrah produzidas na região de Lujan de Cuyo em Mendoza na Argentina. 25% desse vinho fica durante 12 meses estagiando em barris de carvalho francês e americano, o restante fica em tonéis de aço por cerca de dois anos.

O Syrah é o vinho de entrada da linha de vinhos Urano, tem cor vermelho rubi intenso com reflexos violetas, deixou muitas lágrimas na taça. Seu aroma lembra frutas negras como amoras e ameixas, mas traz também notas tostadas de baunilha e café. Na boca é frutado, fruta negra em compota e toques de especiarias no final, peca pelo final pouco persistente.

Esse foi degustado com um churrasco preparado pelo meu sogro com chispas de araucária que dá um toque diferente à carne do churrasco e combinou muito bem.

23 de setembro de 2013

O "godfather" do vinho argentino - Nicolás Catena Zapata

Nicolás Catena Zapata

É parte da história que Nicolás Catena, avô de Nícolas Catena Zapata, veio da Itália para a Argentina em 1898 em procura de prosperidade. Reconhecido por o seu incansável otimismo, Nicolás estava convencido de que tinha encontrado a terra prometida em Mendoza, onde plantou a sua primeira vinha de Malbec em 1902. Até então, o Malbec somente tinha sido utilizado nos vinhos de corte de Bordeaux. Não obstante, Nicolás suspeitava que essa uva pudesse um dia alcançar seu esplendor máximo nos Andes. Nicolás Catena Zapata, seu neto, filho de Domingos Catena com Angelica Zapata, herdou este sonho e levou a adega familiar a um segundo nível, tornando-se uns dos viticultores mais prósperos da Mendoza.

Nicolás Catena Zapata desde então tem sido o silencioso revolucionário na história da família Catena. Ao tomar as rédeas da adega e vinhedos da família, a meados dos 60, concentrou-se primeiro em ampliar a distribuição dentro da Argentina, durante os anos 70. No entanto, a princípios dos 80, Nicolás decidiu viajar e radicar-se temporariamente na Califórnia, para dar aulas de Economia como professor visitante na Universidade de Berkeley.

A Califórnia, e em especial na região de Napa Valley, foram uma autêntica inspiração para Nicolás. Até esse  momento, nenhum adegueiro do “Novo Mundo” havia-se atrevido a concorrer com a França.

Nicolás Catena Zapata voltou para Mendoza com uma visão em mente. De um dia para outro, vendeu a sua vinícola produtora de vinhos de mesa, mantendo somente a “Bodegas Esmeralda”, a produtora de vinhos finos da família. Nesse momento, Argentina era vista como produtora de vinhos a granel, e muitos dos colegas argentinos de Nicolás lhe disseram que estava “completamente louco”.

Na década dos 80, ele dedicou-se a identificar as melhores áreas para plantar vinhas em Mendoza. Há pouco quando lhe perguntaram por que decidiu plantar Chardonnay e Malbec em Gualtallary, a uma altura de quase 1500 ms/n mar, Nicolás respondeu: “Pensei que a única forma de dar um grande salto qualitativo, era arriscar-se a sobrepassar os limites do cultivo da videira”.  Nicolás descobriu que Mendoza possui qualidades excepcionais para o cultivo da videira, e que cada zona com a sua determinada altitude, proporciona um micro-clima ideal para cada uva. Descobriu que o solo pobre dos Andes, descartado pelos primeiros imigrantes pela sua baixa fertilidade, constituía efetivamente a terra ideal para o cultivo das uvas de qualidade. E que o clima desértico era um verdadeiro ativo no seu favor, que lhe permitia controlar a qualidade e o tempo de pendurado dos cachos através de um rigoroso controle da irrigação.

Depois chegou o desafio de decidir o que fazer com o Malbec. Nicolás não tinha a mesma convicção que o seu pai sobre o potencial desta uva. Domingo Catena estava convencido de que o Malbec argentino poderia competir de igual a igual com os melhores tintos de Bordeaux. Mesmo assim, Nicolás duvidava da capacidade de envelhecimento do Malbec. Depois de cinco  anos de intenso trabalho no vinhedo Angélica, de 60 anos, Nicolás estava realmente satisfeito com os resultados, e em 1994 decidiu elaborar o vinho Catena Malbec.

Nicolás e sua equipe estavam seguros de haver identificado os melhores lotes para o cultivo de Chardonnay, Cabernet Sauvignon e Malbec. Em primeiro lugar, José Galante, enólogo principal desde 1975, engarrafou um pequeno corte de uvas dos lotes mais antigos e uniformes do vinhedo La Pirámide (que mais tarde chamou-se vinhedo Agrelo pela sua localização, no distrito de Agrelo). Fracionaram-se 300 caixas de Catena Alta Cabernet Sauvignon.

Em 1995, José engarrafou o primeiro Catena Alta Chardonnay, elaborado com uvas do vinhedo Domingo, localizado na região fria de Tupungato. Ao ano seguinte, em 1996, um hectare, correspondente ao vinhedo Angélica, atingiu as condições ideais para produzir o melhor Malbec. Foi então quando Nicolás decidiu elaborar seu primeiro Catena Alta Malbec.

A colheita de 1997 foi excepcional para o Cabernet  Sauvignon. Nicolás Catena e José Galante decidiram criar outro cuvée top, que cumprisse o sonho iniciado nos anos 80. O vinho, denominado Nicolás Catena Zapata (Zapata é o sobrenome de solteira da mãe de Nicolás) é um blend de 95% Cabernet Sauvignon e 5% Malbec. O lançamento foi no ano 2000, a través de una serie de degustações a cegas realizadas nos Estados Unidos e na Europa, contra grandes vinhos do mundo como Chateau Latour, Chateau Haut Brion, Solaia, Caymus e Opus One. Em todas as degustações, o vinho Nicolás Catena Zapata saiu em primeiro ou segundo lugar.

22 de setembro de 2013

Delirium Nocturnum

Não entendo nada de cerveja, mas o nome dessa me atraiu. Será que o nome faz jus ao poderoso líquido? Tenso!!

Essa cerveja é produzida pela assim denominada familiar cervejaria Huyghe na Bélgica. É uma cerveja triplamente fermentada com a última fermentação dentro da garrafa. É classificada como sendo uma cerveja Belgian Dark Strong Ale.

O rótulo da garrafa conta sua própria estória, fênix voando, um túnel espiral multicolorido e no meio um elefantinho rosa! Tudo isso numa garrafa pintada com cerâmica cheia de pintinhas pretas de 330ml com 8,9% de álcool.

É uma cerveja escura, quase turva, com espuma de cor castanha, alta e persistente formada por bolhas pequenas. O aroma lembra muito castanhas, caramelo e café com um leve aroma acre. Na boca é achocolatada com um final bem seco e amargo, próprio das grandes cervejas. O álcool está presente, mas você não consegue identificá-lo.

Essa eu tomei em companhia de um excelente strogonoff da Dona Heloísa. É uma ótima cerveja, uma das melhores que eu já tomei.

Herdade da Pimenta, Grande Escolha 2010

Vinho produzido pela Casa Agrícola Alexandre Relvas (CAAR) na sua vinícola Herdade de São Miguel na região do Alentejo em Portugal. É um vinho produzido com as uvas Syrah, Touriga Francesa e Touriga Nacional.

Vinho de cor vermelho rubi, brilhante com reflexos violáceos, deixou lágrimas na taça, mas não chegou a tingi-la. No nariz muita fruta negra madura em compota e eucalipto depois de algum tempo na taça muita baunilha, especiaria e tostados. Na boca é de início frutado com ameixas e amoras, no final fica mais tostado mostrando o tempo de envelhecimento em barricas de carvalho.

É um vinho com um poder considerável de guarda. Recomendo com carne vermelha ou queijos bem curados.

21 de setembro de 2013

Avelino Vegas, Fuentespina Reserva 2006

Esse vinho espanhol é fabricado com uvas Tempranillo pela Bodegas Avelino Vegas, com denominação de origem controlada (DOC) Ribera del Duero.

É um vinho de cor vermelho púrpura, quase negro, muito brilhante, tingiu a taça e deixou nela muitas lágrimas. Seu aroma começa muito frutado com presença de amoras e ameixas negras, no final traz muito couro e madeira tostada, fruto dos 12 meses que ficou descansando em barricas de carvalho americano de até terceiro uso. Na boca é frutado, com presença de amoras e ameixa e um final com baunilha e especiarias e leve tanino.

Foi tomado com torradas e patê, ficamos com medo que alguma escolha pudesse frustar o sabor desse vinho. As torradas e o patê nem de longe foram a combinação que tiraria o melhor desse grande vinho, sugiro carnes vermelhas, cordeiro e queijos de cura como melhores companhias para esse vinho.

Infelizmente o esmero na fabricação de vinhos como esse são absorvidos pelo preço do mesmo, não é um vinho barato, mas vale para aqueles com mais desprendimento.

20 de setembro de 2013

Bueno Cuvée Prestige

É um espumante branco produzido com o corte das uvas Chardonnay (50%) e Pinot Noir (50%) de videiras plantadas no Vale dos Vinhedos pela vinícola Miolo especialmente para a Bueno Wine. É um espumante de denominação de origem (DO) do Vale dos Vinhedos.

É de cor amarelo palha com reflexos esverdeados. Bolhas finas e intensas por todo tempo que o espumante ficou na taça. No nariz tem um início extremamente floral, intenso e delicado que com o tempo vai diminuindo (poderia ficar por muito mais tempo, pois é extremamente agradável) e trazendo um aroma mineral. Na boca é fresco, com muito mineral e deixou no fim uma sensação de boca seca, querendo mais!

É um espumante ideal para dias quentes, pois é muito fresco e desce fácil. Pode ser tomado sozinho ou em companhia de frutas, castanhas, patês e até comida japonesa.

Esse foi degustado como ator principal, sem nenhum acompanhamento e se saiu muito bem. O espumante reflete toda a qualidade Miolo, sendo muitíssimo agradável em todos os aspectos.

Degustação da Bueno Wines

A Bueno WInes, vinícola do apresentador esportivo Galvão Bueno, trouxe 5 rótulos para degustação no Brunetto Empório e Wine Bar. A degustação foi conduzida pelo brand manager da Bueno Wines Márcio Marson.

Os rótulos degustados foram: 
1. Espumante Cuvée Prestige
2. Bellavista Estate Sauvignon Blanc;
3. Bellavista Estate Pinot Noir;
4. Bueno Paralelo 31;
5. Bueno La Valleta;

A iniciativa da Bueno Wines vem da parceria da produtora Miolo com o apresentador de TV. 
Em breve colocarei minhas notas sobre esses vinhos, mas vale dizer de antemão que são vinhos muito bem feitos.

4 rótulos nacionais degustados

Terras de Cartaxo, Ribatejo 2009


Esse portuga é habitué dos grandes supermercados, não seja preconceituoso, encare, são apenas 20 e poucos reais e como a maioria dos vinho portugueses, é bem honesto e entrega o que se propõe, não é um top, não é super complexo… É um vinho bem aromático, cheio de frutas, fácil de beber, muito macio.

Produzido pela Adega Cooperatica Cartaxo com o corte das uvas portuguesas Castelão (40%), Trincadeira (40%) e Tinta Barroca (20%).

Tem um aroma de frutas silvestres e groselha, depois de algum tempo no copo abriu um pouco de baunilha. Na taça deixou lágrimas discretas. Na boca é gostoso mas simples, fruta vermelha, um pouco de baunilha, mas no final apareceu um amargor que não chega a comprometer o vinho.

É um vinho de denominação de origem controlada (DOC) do Ribatejo, que permite o uso de uvas Tinta Roriz, Baga, Camarate, Castelão, Preto Martinho, Tinta Miúda, Touriga Francesa, Touriga Nacional e Trincadeira (ou Tinta Amarela).

Esse foi degustado junto com os sem iguais bolinhos de bacalhau do City Bar de Campinas.

19 de setembro de 2013

Hijos de Rivera, 1906 Reserva Especial

Esta cerveja é fabricada pela cervejaria Hijos de Rivera, em La Coruña na Galícia espanhola. É uma cerveja do tipo Lagger Vienna.

É uma cerveja de coloração acobreada brilhante e translúcida, espuma branca baixa e de pouquíssima duração.  O aroma é um pouco alcoólico, mas combina muito bem com o cheiro adocicado do malte, lembrando açúcar em caramelo. No primeiro gole trouxe impressão de uma cerveja alcoólica e um pouco amarga, mas o paladar foi acostumando e gosto do malte lembrou o gosto baunilha tostada.

É uma cerveja normal, sem muitos predicados. Degustei essa junto com pão e hamburgueres grelhados e combinou bem. É uma cerveja com um bom custo benefício, sendo uma boa escolha para aqueles que procuram novas experiências no mundo das cervejas.

Essa cerveja é comercializada em garrafas de 330ml e tem 6,5% de álcool.

As Lagers são as cervejas mais consumidas no mundo, responsáveis por exemplo por mais de 99% das vendas de cerveja do Brasil. Originarias da Europa Central no século 14, são cervejas de baixa fermentação ou fermentação a frio (de 6 a 12ºC), com graduação alcoólica geralmente entre 4 e 5%. [Brejas, 2013]

O estilo Vienna é originário da Áustria, de cor marrom avermelhada, tem corpo médio e um sabor suave e adocicado de malte levemente queimado. Graduação acoólica entre 4,5 e 5,7%. [Brejas, 2013]

18 de setembro de 2013

Susana Balbo, Signature Cabernet Sauvignon 2011

Esse vinho é produzido pela mais emblemática "winemakers"da Argentina, Susana Balbo. Já conhecia outros rótulos da Suzana Balbo, mas esse está em outro patamar. Esse vinho é um corte da uva Cabernet Sauvignon (90%) com a uva Merlot Malbec (10%), mas o rótulo cria a falsa impressão de que um varietal da Cabernet Sauvignon.

O Susana Balbo Signature é púrpura, espelhado e denso, não chega a tingir a taça, mas cria muitas lágrimas finíssimas. O aroma de frutas negras (amoras e ameixas) em compota é bom, mas muda rápido para o figo, a baunilha, caramelo e madeira tostada. Na boca é muito bom, potente, apesar de ser um vinho que precisa de um corpo maior, mas apresentou muita fruta madura (amoras e ameixas), com um final mais apimentado.

Repousa por 13 meses em barricas 80% carvalho francês novo e 20% carvalho francês de segundo uso, o que reflete no aroma de madeira tostada e no gosto final de pimenta e especiarias.

É um vinho para ser tomado com uma carne vermelha grelhada, imaginei os bifes de contra-filé argentino feitos no braseiro da churrasqueira!! Ficaria bom demais!

17 de setembro de 2013

Weltenburger Kloster, Barock Dunkel

Esta Weltenburger Kloster é uma típica Munchner Dunkel, a palavra "dunkel" significa escura em alemão, portanto as cervejas Dunkel são cervejas escuras-avermelhadas, produzidas originalmente em Munique, por isso o nome "Munchner". 

Esse tipo de cerveja era a única cerveja da região da Baviera, antes da chegada das tecnologias que tornaram possível a criação de cervejas claras. A Weltenburger Kloster é produzida no Brasil pela Cervejaria Petrópolis. 

Tem coloração avermelhada, com espuma bege de média formação e duração. Notas de maltes torrado, tostado e caramelo são facilmente identificáveis no seu aroma, que se desprende bem rapidamente. Tem um paladar tostado e doce, principalmente no final, pouco lúpulo, onde o adocicado se sobressai. Notas de caramelo e café também surgiram no final. É uma cerveja bem equilibrada e uma ótima dunkel, que não pesa muito no tostado.

É uma cerveja que dá pra ser tomada sozinha, mas essa degustei com um lombo de porco com ervilhas tortas (em fava) na manteiga, ficou muito bom.

Paguei algo em torno de 11 reais a garrafa, mas já encontrei por 9 reais em alguns lugares daqui de Campinas. É comercializada em garrafas de 500ml e tem 4,7% de álcool.

16 de setembro de 2013

Uma refeição sem vinho é como um dia sem sol - Robert Mondavi

Qualquer apaixonado por vinhos que já tenha bebido um bom californiano certamente já ouviu falar em Robert Mondavi. Considerado um marco na história vinícola americana, Mondavi construiu um império e foi responsável por importantes inovações que viriam a colocar os Estados Unidos no mapa vinícola mundial e elevar o Novo Mundo à categoria de produtor de grandes vinhos.

A história da família Mondavi tem início com Cesare Mondavi, que vindo da Itália na época da Lei Seca americana, comprou terras na Califórnia para plantar e vender uvas. Com o fim da Lei Seca, comprou uma pequena vinícola em Napa e passou a fazer vinho de garrafão. Seus filhos, Robert e Peter viriam a trabalhar com o pai nos negócios da família.

Naquela época, o mercado de vinhos de garrafão era dominado pelas grandes vinícolas e não era um mercado lucrativo para as pequenas vinícolas. Foi quando a família Mondavi comprou uma vinícola antiga chamada Krug, que foi totalmente renovada.

Com o falecimento do pai, Robert e seu irmão começaram a divergir sobre o futuro da vinícola. Robert queria investir na produção de vinhos de alta qualidade, enquanto seu irmão preferia seguir um caminho mais conservador. Assim, os irmãos se separaram e em 1966, Robert Mondavi fundou sua própria vinícola, a Robert Mondavi Winery e foi em busca do seu sonho: produzir vinhos californianos de alta qualidade, que pudessem ser equiparados aos melhores vinhos do mundo.

A nova vinícola já utilizava muitas das inovações que Robert havia introduzido a Califórnia. Algumas delas que foram fundamentais para a evolução e crescimento do mercado vinícola americano, tais como a utilização de equipe especializada em viticultura e vinificação, separadamente, o aperfeiçoamento do vinhedo para extrair todo o potencial da uva, investimento em tanques de fermentação a frio e rolhamento a vácuo, a utilização de pequenas barricas de carvalho francês e a utilização de rótulos com o nome do varietal que compunha o vinho.

Seu primeiro vinho produzido foi um Chenin Blanc, mas foi somente com o lançamento de seu primeiro Sauvignon Blanc, que produziu um vinho diferente do que eram conhecidos na Califórnia, e seus vinhos começaram a ganhar destaque. Mondavi chamou seu vinho por um nome utilizado na região do vale do Loire, na França, mas nada conhecido nos Estados Unidos – Fumé Blanc – o que tornou o vinho um sucesso ainda maior.

Nos anos seguintes, a vinícola ganhou notoriedade com seu Cabernet Sauvignon e até 1975 seus vinhos já eram distribuídos por todo o país. Logo começaram a exportar. A reputação do vale de Napa foi ainda melhorada quando o Barão Phillipe de Rothschild anunciou planos para colaborar com Robert Mondavi na produção de um vinho super premium, que viria a se chamar Opus One. Na época, o consumo de vinhos premium aumentava consideravelmente e o comprometimento de Robert Mondavi com a qualidade de seus vinhos o tornava uma marca forte na indústria do vinho.

Mondavi continuou a expandir e comprou outras vinícolas, como a Woodbridge, no segmento de vinhos finos de baixo custo.

Na década de 90 iniciou-se a transição da empresa para uma nova geração e os filhos de Robert Mondavi, Tim e Michael, assumiam os negócios da família.

A partir daí, os Mondavi começaram a investir em publicidade com o intuito de estimular o consumo de vinhos nos Estados Unidos. E nos anos que seguiram, grandes investimentos foram feitos não somente nos vinhos, mas em arquitetura, experiências enoturísticas e um retorno às técnicas tradicionais de produção de vinho. Além disso, criou-se o Centro Americano de Comida, Vinho e Artes (COPIA), um museu dedicado à cultura do vinho e comida, com diversas atrações que viriam a dar maior destaque para a região e tornar-se um centro referência.

Hoje a vinícola recebe mais de 350.000 visitantes por ano e possui cerca de oito opções de visitação e degustação de seus vinhos. Além disso, a Mondavi fechou uma Parceria com a Arboleda, vinícola Chilena e a Rosemount, Australiana numa colaboração de promoção e vendas de seus vinhos nestes mercados.

Robert teve um importante papel na promoção dos vinhos da Califórnia. Ele acreditava que a região tinha o potencial de produzir vinhos do mesmo nível dos países do velho mundo. Hoje pode descansar em paz, sabendo que deixou um legado inestimável para a indústria de vinhos americana e fez de sua paixão um exemplo a ser seguido.

Confesso que minha experiência de visitação na Robert Mondavi foi surpreendente. Pensando em uma vinícola de tal porte, em que o agendamento de visitação é feito online. Foi uma aula sobre a história da vinícola e uma excelente oportunidade para conhecer mais sobre seus principais vinhos.

14 de setembro de 2013

Veuve Devienne Brut

Esse é um espumante branco da região de Languedoc no sul da França, feito utilizando-se o método Charmat pela Caves de Wissembourg. É um espumante feito do corte das uvas Ugni Blanc, Chenin Blanc e Chardonnay.

É um espumante de cor amarelo palha com reflexos esverdeados, mantém um fino traço de bolhas que permaneceram na taça até o último gole.

Com um aroma floral gostoso e intenso,  notas cítricas como a maçã verde e abacaxi sobressaíram facilmente. Na boca tem uma acidez gostosa e equilibrada que deixa a boca úmida, com bolhas que formam um colchão em cima da língua. A sensação que fica é de fruta cítrica como a maçã e de pêssegos refrescantes recém colhidos do pé, com o adicional de um ótimo toque floral que acompanhou durante toda a taça.

É um espumante de um ótimo custo benefício, sendo encontrada nas casas do ramo desde 35 reais a garrafa. Essa foi tomada sozinha, muito gelada, mas combina com entradinhas, patês e antepastos.

Perrin et Fils, La Vieille Ferme 2009

Um dos vinhos que mais gosto de beber é esse francês do Vale do Rhône, produzido com o corte das uvas Carignan, Grenache e Syrah é um vinho bastante bom com um ótimo custo-benefício. É um vinho com o selo Appellation Côtes du Ventoux Contrólee.

A sua cor é vermelho púrpura profundo, com formação de lágrimas por toda a taça. Bastante frutado (frutas vermelhas maduras como cereja, cassis e ameixa) com toques de especiarias e tabaco. Na boca, concentrado e vivo, apresenta frutas vermelhas como o cassis e cerejas, o final lembrou derivados de petróleo.

É um vinho de pouca estrutura, não sendo recomendado para ser apreciado com pratos muito condimentados, mas é bastante gostoso até mesmo pra ser tomado sozinho. Existem as versão rose e branco, que ainda não tive oportunidade de experimentar.

Degustei pela primeira vez no Armazém Gourmet em Campinas acompanhado de um Risoto de Funghi com parmesão do chefe Élber e depois disso sempre que penso em algo especial me lembro do La Vieille Ferme.

13 de setembro de 2013

Yellow Tail, Chardonnay 2010

Esse australiano foi comprado na vontade de quem queria tomar o primeiro vinho australiano. Escolhi um Chardonnay pois tenho poucos vinhos brancos na adega.

É um vinho de cor amarelo quase dourado, com reflexos amarelo mais claros, é denso e translúcido. Com aromas de frutas cítricas (abacaxi) e um pouquinho de pêssego. Na boca é bastante ácido dando a sensação de que boca com bastante saliva. Lembrou muito o gosto do abacaxi e do pêssego, no final dava aquela sensação de pequenas pontadinhas na língua.

Como estava disposto a experimentar, comecei tomando junto com salmão grelhado com abobrinhas à provençal e combinou bem, reservei um pouco para sobremesa que teve figo em fruta e uma barrinha de chocolate meio amargo. Com o figo ele combinou, com a barrinha ficou a desejar, mas também era esperado.

É um vinho bastante simples, mas bem feito, valeu cada moedinha do investimento. Encontrei esse no Oba em Campinas por pouco menos de 30 reais.

12 de setembro de 2013

Taças - O que você realmente precisa

Existem no mercado uma grande variedade de tipos e formatos de taças para vinhos e espumantes, mas é realmente necessário termos cada uma delas pra tirarmos o melhor de um vinho? A resposta é não.

Mas o que você realmente precisa pra não fazer feio na hora de tomar um vinho?
A escolha de taças é algo muito pessoal, mas sugiro ter em casa pelo menos dois kits, um para vinhos e outro para espumantes.

A quantidade de taças para cada um desses kits deixo a sua escolha, eu tenho 6 taças em cada um dos kits e tem sido mais do que suficiente.

Com relação ao material, existem vários, que também deixo a escolha do leitor, mas sugiro dois tipos, o primeiro de cristal, que dispensa apresentações, o segundo é um vidro que imita o cristal, chamado de Kwarx, que é cerca de 30% mais barato. Evite taças de materiais porosos pois podem reter aromas de outros vinhos.

Taças para Vinhos
Existem vários modelos, mas a que sugiro são as do modelo Cabernet Sauvignon.
Essas taças são grandes, tem cerca de 22 cm de altura e a boca tem cerca de 9 cm de diâmetro, sua capacidade é para mais ou menos 450 ml.
Uma característica importante é a distância da base até o bojo da taça, pois ali deve ter espaço suficiente para segurar a taça.

Taças para Champagne (Flute)
Tem mais ou menos 22 cm de altura e a boca tem cerca de 6 cm de diâmetro, sua capacidade é de mais ou menos 200 ml.

11 de setembro de 2013

Westmalle Trappist

Essa é uma cerveja belga produzida pela Trappisten van Westmalle no estilo Belgian Trapist. É uma cerveja mais alcoólica e mais estruturada do que as que já tomei anteriormente.

É uma cerveja de cor amarelo dourado mas não é translúcida, a espuma é alta formada de bolhas de diferentes tamanhos e é bastante persistente no copo. No nariz é bastate leve e frutada com um final de baunilha e café. Na boca é ligeiramente alcoólica (essa tem 9,5% de álcool) o que a deixa mais refrescante e apresenta notas mais amargas do malte e um pouco de fruta da qual pude destacar a maçã e algumas especiarias.

É uma cerveja potente, com álcool aparente na medida certa, ficou no empate entre o floral e o cítrico, o que deixou-a ainda mais convidativa para uma nova degustação.

É comercializada em garrafas de 330ml, o preço pago por essa foi na casa dos R$15, mas vale o investimento para uma prova. Essa foi aberta junto com um lanche de presuntos e queijos com mostarda e ficou ainda melhor do que se tomada sozinha.

10 de setembro de 2013

Sogrape, Grão Vasco Dão 2006

Este vinho é produzido pela empresa portuguesa Sogrape, é um vinho de denominação de origem controlada do Dão. Produzido com o corte das uvas Jaen, Touriga Nacional e Tinta Roriz.

Vinho de cor vermelho rubi brilhante, deixou lágrimas na taça. No nariz trouxe aromas de frutas vermelhas (amoras e morangos) e toques que lembraram um aceto balsâmico. Na boca é bem equilibrado e suave, com sabor predominante de frutas vermelhas maduras. É um vinho simples, mas muito bem feito. Vale uma degustação sem compromisso.

Não é, para o meu paladar um vinho que possa ser tomado sozinho, precisa de um acompanhamento. Esse foi degustado com um massa cozida no molho de tomate ao sugo e ficou muito bom.

Não é um vinho que represente em qualidade todo o potencial da região do Dão, mas é um vinho leve que acompanha bem pratos do dia a dia, pois seu custo benefício é muito bom.

9 de setembro de 2013

Estou bebendo estrelas - Dom Pérignon

Nascido como Pierre Pérignon na região de Saint-Menehould na França em 1638, esse monge beneditino foi responsável, por 47 anos, pelas adegas da Abadia Beneditina de Saint-Pierre de Hautvillers (famosa por lá estarem depositados os restos mortais de Santa Helena, mãe do imperador Constantino).

Nos idos do século XVII, época em que viveu Pérignon, os vinhos mais reconhecidos eram os borgonheses da região de Beune. Eram tintos de extrema riqueza e os preferidos pela corte. Champagne, naquele momento, não era páreo em termos de vinhos tintos, mas esforçava-se para produzir um branco de alto nível.

Foi Pérignon, aliás, quem prescreveu usar somente uvas tintas, como a Pinot Noir, para produzir os vinhos brancos (lembrando que todo vinho é originalmente branco e só ficam tintos caso sejam macerados com a casca tinta). Contudo, os vinhos da região costumavam apresentar um grave "defeito". Eles tinham uma instabilidade e tendiam a parar de fermentar com a chegada do frio no outono, e recomeçar a fermentação com o aumento da temperatura na primavera.

Isso certamente não era um problema enquanto os vinhos estavam em barris, porém, Pérignon não gostava de deixar seus vinhos muito tempo nas barricas, alegando que eles perdiam seus preciosos aromas caso não fossem engarrafados cedo. Com isso, a segunda fermentação acontecia dentro da garrafa e, como o vidro não era muito resistente, as garrafas explodiam devido à pressão gerada pelo gás carbônico. As garrafas sobreviventes continham um líquido turvo e espumante, que segundo Pérignon lhe davam a impressão de estar bebendo estrelas.
Abadia de Saint-Pierre de Hautvillers

Para garantir uma temperatura estável para que as garrafas não explodissem com tanta facilidade durante o período de repouso, usou-se colocá-las em adegas subterrâneas no solo calcário de Champagne. Diz-se que Dom Ruinart, colega de Pérignon, foi quem descobriu pedreiras de calcário, que haviam sido escavadas pelos romanos em tempos remotos e estavam esquecidas sob a cidade de Reims. Mesmo com esse truque, dependendo da safra, entre 20 e 90% do vinho engarrafado explodia. E além disso, os vinhos ainda costumavam ficar turvos devido à borra que se formava com a morte das leveduras durante a segunda fermentação.

O processo para retirar a borra, contudo, só viria quase 100 anos depois, em meados do século XVIII, com a viúva Nicole Ponsardin, esposa de Felipe Clicquot. Foi nas adegas da famosa Veuve Clicquot que começou o processo deremuage (que faz com que a borra vá para o gargalo da garrafa) e o dégorgement (momento da retirada do sedimento congelado).

Todo esse método de produzir vinhos em Champagne ficou conhecido como método tradicional ou Champenoise e passou a ser copiado mundo afora, pois, mesmo com a borra e as explosões, o vin mousseux (como os franceses chamam o vinho espumante) continuou ganhando fama.

Acredita-se que Pérignon, no fim de sua vida, ficou cego justamente por uma dessas explosões em suas garrafas e que se divertia-se adivinhando de qual vinha aquele vinho era originário. Dom Pérignon morreu em 24 de setembro de 1715, na Abadia de Saint-Pierre de Hautvillers, deixando uma das maiores contribuições no mundo dos vinhos.

8 de setembro de 2013

Hoegaarden Wit-Blanche

Produzida na pequena vila de Hoegaarden, no norte da Bélgica pela Brouwerij Hoegaarden, esta é uma autêntica cerveja de trigo belga, também conhecida como White Beer. É uma cerveja de trigo sem filtragem.

A Hoegaarden contém ingredientes especiais como sementes de coentro e raspas de casca de laranja, o que lhe confere alta refrescância. Sua cor é amarelo claro e turva pois a mesma não é filtrada, a espuma é fina e formada de bolhas bem pequenas que tiveram pouquíssima permanência. Com um aroma de casca de laranja, coentro e especiarias é bastante agradável, no final apareceu o aroma de panificação. Seu sabor característico é suave, e ao mesmo tempo doce e azedo, com um sutil sabor cítrico.

A garrafa tem alto relevos das flâmulas que ilustram o rótulo e também vem escrito de ponta cabeça o

É uma cerveja muito boa, que desce fácil sendo mais saborosa do que outras cervejas de trigo que já havia tomado. Essa foi degustada com um risoto de frango e combinou muito bem.

É comercializada em garrafas de 330ml e tem 4,9% de álcool.

7 de setembro de 2013

Salton, Evidence Brut

Esse espumante é preparado com 70% de uvas Chardonnay e 30% de uvas Pinot Noir pela vinícola Salton na Serra Gaúcha.

É um espumante de cor amarelo palha com reflexos esverdeados, muitas bolhas finas durante todo o tempo que o espumante ficou na taça. Os aromas desse espumante destacam as frutas cítricas, notas de maçã e flores além do tradicional aroma tostado. De sabor elegante e cremoso de frutas cítricas como maçã e pêssego, mostrou um discreto mel no finalzinho.

É uma prova de que o sul do país deveria investir mais na fabricação de espumantes que tem uma qualidade altíssima. Esse espumante é bastante fresco e elegante. Ideal para tomar acompanhado de algum queijo ou salada.

Farnesi, Primitivo di Manduria 60 Anni

Esse vinho é produzido com uvas Primitivo na região Puglia (salto da bota italiana), é um vinho de denominação de origem controlada Primitivo di Manduria.

É um vinho realmente especial, de cor púrpura, quase negro, brilhante e espesso, além de ter deixado muitas lágrimas na taça, tingiu a taça com toda a sua cor. Outra característica interessante desse vinho está relacionadas à garrafa: extremamente grossa e pesada, dá a impressão de que a garrafa está cheia mesmo quando está vazia. No nariz tem aroma suculento de frutas silvestres com deliciosa nuance de carvalho, notas terrosas e toques de anis e pimenta. Na boca a textura rica e generosa, apresenta taninos finos e sedosos que levam a um final de boca marcado por especiarias doces e notas de cacau e café.

Esse vinho foi degustado com um corte de cordeiro assado com molho de hortelã e arroz branco, o casamento foi perfeito, o vinho é excelente!

O nome desse vinho faz menção a idade das parreiras que produzem esse vinho. Foi um dos melhores vinhos que já tomei.

Paulaner Hefe-Weissbier Naturtrueb

Hoje foi diferente, ao invés de vinho, tomamos cerveja. E essa é uma alemã fabricada pela Paulaner Brauerei München, no estilo German Weizen (cerveja de trigo) que é característica da região da Baviera no sul da Alemanha.

Essa cerveja tem cor amarelo ouro turva, pois a mesma não é filtrada, tem uma espuma cremosa, densa e persistente, feita de bolhas pequenas e de cor amarelo âmbar. Possui aromas frutados de maçã e banana e toques de especiarias como cravo. Na boca lembrou frutas (maçã e bananas) e especiarias (cravos) e de levíssimo amargor. O que deixou a bebida leve e fácil de saborerar.

É uma cerveja interessante pra quem está começando, mas é diferente das que comumente tomamos num churrasco. Na Alemanha essa cerveja é considerada para ser tomada logo pela manhã, pois é bastante leve para os padrões.

Essa acompanhou um massa com bracciola e se saiu bem. É produzida e engarrafada na Alemanha, e é comercializada em garrafas de 500ml e tem 5,5% de álcool.

6 de setembro de 2013

Freixenet, Cordon Negro Brut

Esse espumante é espanhol da região de Penedès, de denominação Cava é elaborado com o corte de três uvas autóctones Xerel-lo, Macabeo e Parellada em quantidades iguais. Sua outra versão, denominada Carta Nevada, já foi degustada por esse blogueiro.

Essa espumante é de cor amarelo palha, com reflexos esverdeados, muitas bolhas finas e persistentes durante todo o tempo em que a espumante ficou na taça. No nariz lembra fruta verde (maçã e abacaxi) e um toque discreto de fermentação, que lembra muito o cheirinho das padarias, da sua segunda fermentação, que é feita na garrafa. Na boca é cremosa e refrescante, dá a sensação de um colchão de bolhas no interior da boca, é mais seca, mas muito agradável, sugerindo frutas cítricas como o abacaxi e um leve toque de baunilha.

Em comparação com a Carta Nevada, essa espumante é mais cremosa e mais séria, a primeira é um pouquinho mais adocicada do que essa. Essa foi degustada na companhia de camarões salteados na manteiga ficou sensacional. Em outras ocasiões provamos a mesma com frutas e até com chocolates, que também combinou muito bem.

5 de setembro de 2013

Château de L'Hoste Blanc, Bordeaux Supérieur 2009

Esse vinho é preparado com o corte das uvas Merlot (60%), Cabernet Sauvignon (20%) e Cabernet Franc (20%). De nacionalidade francesa, esse vinho é um vinho de AOC (apelação de origem controlada) Bordeaux Supérieur.

É um vinho de cor vermelho púrpura com reflexos violetas, deixou algumas lágrimas na taça, mas nada de extraordinário nesse quesito. No nariz, mostrou fruta negra madura, quase uma compota e constante madeira, no final do vinho, abriu um delicioso aroma de baunilha e um pouco de caça. Na boca é seco, faz com que a saliva natural da boca suma de imediato, mostra frutas negras maduras e um pouco de especiarias.

É um vinho básico francês, bem feito e honesto, com ótimo custo-benefício. Pra quem quer começar a tomar vinhos da região de Bordeaux, é um bom início. Esse foi degustado com massa e um peixe relativamente forte, não destoou e agradou bastante.

Bordeaux Supérieur é uma denominação de origem controlada da região de Bordeaux na França que engloba tanto tintos quanto brancos. Os tintos são um pouco mais alcoólicos do que os Bordeaux padrão e são envelhecido em carvalho por no mínimo 12 meses são produzidos pelas uvas clássicas de Bordeaux como Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Carmenere, Merlot, Malbec e Petit Verdot, tendendo a serem mais saborosos e complexos do que os Bordeaux. Os brancos tem maiores níveis de açúcar residual do que os brancos padrão de Bordeaux, são produzidos pelas castas Sauvignon Branc, Sauvignon Gris, Semillon e Moscato.

3 de setembro de 2013

Protos, Crianza 2009

Esse vinho produzido pela Bodega Protos de Peñafiel, na região Ribera del Duero na Espanha. É um vinho produzido com a uva Tempranillo.

A Bodega Protos (que significa primeiro em grego) tem esse nome por ser a primeira bodega a se instalar na região de Ribera del Duero.

É um vinho de cor vermelho rubi com reflexos violetas, no nariz é mais sutil do que intenso, mas deixou um bom aroma de frutas negras (cerejas e amoras), além do tostado e do caramelo proveniente do descanso em barris de carvalho. Na boca é frutado e saboroso, com frutas vermelhas e toques florais.

É um vinho bom pra se consumir junto com carnes vermelhas e de cordeiro, não me arriscaria a tomá-lo sozinho, esse foi degustado junto com uma paleta de cordeiro muito bem feita.

A denominação crianza em vinhos espanhóis indica que o mesmo tem três anos de idade e estagiou um ano em barricas de carvalho.

2 de setembro de 2013

Chandon, Délice

Pára tudo! Em plena segunda-feira e tomando espumante? Hoje pode, aniversário da Dona Helo, então pode! A delícia da vez, ou Délice, vem da Chandon Argentina. Considerada como o primeiro espumante a produzido na Argentina para ser tomado sozinho ou com gelo.

Produzido na região de Lujan de Cuyo, em Mendoza na Argentina, esse espumante é fabricado com cortes das uvas Chardonnay, Pinot Noir, Petit Manseng e Semillon colhido tardiamente. O espumante é de cor amarelo dourado, com muitas bolhas, finas e constantes até o final do líquido na taça. No nariz trouxe frutas cítricas (maçã verde e abacaxi) mesclados com uma discreta presença de menta. Na boca é bastante doce, mas não é enjoativo, de começo adocicado lembrando maçã verde e final mais ácido, lembrando abacaxi.

A proposta da Chandon é consumi-la sob 3 diferentes formas: 1) sozinha, como fiz; 2) com muito gelo, que possa diluir o açúcar do espumante; 3) com gelo e folhas de manjericão, deixando-o mais fresco. Infelizmente não sobrou muito para as opções 2 e 3. A promessa da Chandon "Feel Fresh, Feel Délice" é real e o espumante é bem feito.

Do luto à fama - Veuve Clicquot

Por trás da bebida que é hoje ícone de glamour e prestígio está Nicole Barbe Ponsardin. Esta senhora austera e de traços rígidos foi responsável pela criação que cativou os maiores apreciadores das espumantes: o Veuve Clicquot.

Madame Nicole nasceu no dia 16 de dezembro de 1777, em Reims, na França, filha de uma família rica. Se casou com François Clicquot aos 21 anos. Seu marido morreu seis anos mais tarde, acometido pela febre tifóide, deixando a viúva (veuve em francês) no controle de uma empresa envolvida no setor bancário, no comércio de lã, e na produção de champanhe. Sob o comando de Madame Clicquot, a casa focou inteiramente na produção de champanhe.

Com seguidas safras de ótimas colheitas, a Madame Clicquot adotou a estratégia de utilizar parte da safra para produzir espumantes que só ficariam prontos nos anos seguintes. Com o fim das guerras napoleônicas, em 1815, os soldados da coalizão, principalmente os russos, redescobriram o vinho francês e o Champanhe. A quantidade de vinho exportado, que até então não ultrapassava os 400 mil litros por ano, saltou para 5 milhões. Mas a Madame Clicquot foi além, ela bancou o envio à Rússia de um grande carregamento clandestino. Furando o embargo comercial, 11 mil garrafas foram vendidas em uma tacada. Na corte imperial brasileira, remessas desta champanhe foram enviadas por encomenda ao imperador Pedro II.

Pouco antes de se aposentar, a viúva deixou à posteridade uma grande inovação: o processo de remuage, para sedimentação das impurezas. Antes da técnica de remuage, a bebida era turva e acobreada, levando o nome de vin mousseu (vinho espumante).  O gosto também era diferente, devido à alta concentração de açúcar necessária para fazer as borbulhas. Para se ter uma ideia, a maior concentração aceitável hoje é de 20g de açúcar residual. À época, a média era de 200g. Por isso, a bebida era considerada uma sobremesa. O nome remuage designa a colocação das garrafas num ângulo inclinado, com rotações periódicas, para que todos os resíduos da primeira fermentação se depositem no gargalo e saiam com a retirada da rolha provisória, o método remuage é usado até hoje.

Em julho de 2008 uma garrafa fechada de Veuve Clicquot foi descoberta dentro de um aparador em Torosay Castle, na ilha de Mull, na Escócia. O frasco de 1893 estava em perfeitas condições, tendo sido mantido no escuro, e foi a garrafa mais antiga conhecida de existir. Ele agora está em exibição no centro de visitantes Clicquot Ponsardin Veuve em Reims e é considerado como de valor inestimável.

Veuve Clicquot morreu no Chateau de Boursault no dia 29 de julho de 1866.

1 de setembro de 2013

La Cave de Turckheim, Gewurztraminer, 2009

Esse vinho é produzido com a uva Gewurztraminer na região da Alsácia, tem um jeitão de vinho alemão, mas é francês.

É um vinho de cor amarelo palha com reflexos esverdeados, no nariz revela uma enormidade de frutas exóticas como a lichia e o gengibre, além das maçã e abacaxi. Na boca é fácil identificar as frutas tropicais (abacaxi e limão) com toques discretos de menta. Tem um ótimo balanço entre açúcar e acidez, sendo uma ótima combinação para pratos leves a base de folhas e legumes.

O diferente nesse vinho é que sempre que tomo um dessa variedade sinto muito o aroma de banana, mas nesse surgiu o abacaxi. Esse acompanhou comida japonesa e combinou muito bem.