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30 de agosto de 2013

Veuve Clicquot, Yellow Label Brut


Esse champanhe francês é dominado pela uva Pinot Noir (50 a 55%), que dá estrutura e força, combinadas com o frescor e a finesse das uvas Chardonnay (15 a 20%) e Pinot Meunier (28 a 33%). É, sem dúvida, um dos champanhes mais famosos do mundo.

Produzido pela Maison Veuvet Clicquot Ponsardin na região de Reims (França), foi fundada em 1772 por Philippe Clicquot-Muiron, sua mulher Nicole-Barbe, que tornou-se viúva precocemente desempenhou um importante papel no estabelecimento do champanhe como bebida escolhida pela nobreza e pela rica burguesia europeia. Seu rosto austero estampa o cap da rolha, e seu rótulo amarelo alaranjado é facilmente reconhecido.

O champanhe é de cor amarelo dourando com bolhas finíssimas e persistentes, essa bolhas foram surgindo durante todo o tempo em que o líquido permaneceu na taça, como se a cada gole o champanhe estivesse acabado de ser aberto.

É um champagne criado a partir de um vinho poderoso e complexo de terroirs Premier Crus e Grand Crus, ele oferece uma rara persistência aromática, lembrando frutas cítricas como maçã e pera. Na boca abre um espetáculo de sabores: maçã, pera, baunilha. Elegante sem deixar de ser potente, é cremoso na boca.

Na indecisão sobre o que acompanhar e no medo de escolher algo que pudesse apagar o brilho desse champanhe, decidimos tomá-lo sozinho. Não me arrependo, pois é um champanhe que vale a cada gota.

Infelizmente não é um investimento barato, requer um certo desapego, mas que gosta desse tipo de vinho vai adorar. Esse foi comprado na França por um amigo, chegou por menos da metade do preço praticado nas lojas.

Don Laurindo, Espumante Brut

Esse espumante nacional é produzido com o corte das uvas Chardonnay e Riesling Itálica pela vinícola Don Laurindo na serra gaúcha. É fabricando utilizando o método tradicional (ou método Champenoise) onde a fermentação ocorre dentro da garrafa.

É um espumante de cor amarelo palha com reflexos esverdeados, muitas bolhas finas surgem na taça desde o primeiro momento e prolonga-se por todo o tempo em que a espumante ficou na taça. O aroma é bastante frutado (abacaxi, maçã verde) e menos seco do que eu esperava. Na boca a acidez não incomoda e tem um final bastante refrescante com sabor de frutas tropicais.

Experimentei esse espumante junto com uma torta de maçã e ficou muito bom. É um espumante de ótimo custo-benefício, bem feito e uma ótima sugestão para uma sexta-feira.

O método tradicional ou Champenoise, na minha modesta opinião,  gera espumantes de maior complexidade e elegância com a obtenção de bolhas finas e constantes. Este processo consiste em obter o gás carbônico numa segunda fermentação, ocorrida dentro da própria garrafa.  É uma produção artesanal em várias etapas e, conseqüentemente, caro.  Primeiro, são feitos os vinhos que servirão de base do espumante. Depois, o vinho base é colocado na garrafa e acrescido do licor com leveduras e açúcar que provocarão a segunda fermentação, que dura cerca de três meses.

29 de agosto de 2013

Torres, Viña Esmeralda 2008

Este vinho é um corte das uvas Moscato (85%) e da uva Gewurztraminer (15%) produzido pela Bodegas Torres da Espanha. É um vinho DO (denominação de origem) da Catalunya.

É um vinho de cor amarelo palha com reflexos esverdeados, no nariz é fresco, traz rosas e frutas cristalizadas em alta intensidade, segundo o produtor, é o aroma do Mediterrâneo. Na boca é leve e suave, com açúcar residual da uva Moscato, maçã e mel foram facilmente identificadas, o que o torna o muitíssimo agradável e equilibrado, com acidez moderada.

É um vinho de verão, leve e rápido.

Esse foi degustado inicialmente sozinho e desceu rápido e fácil, mas sumiu quando harmonizou uma salada de vieiras com espuma de laranja do chef Elber, faltou acidez pra domar a salada.

Definitivamente não é um vinho para tímidos apesar de ter seus encantos! O custo benefício é bastante atraente quando se fala em vinhos espanhóis, esse saiu por volta de 40 reais.

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27 de agosto de 2013

Norton, Malbec DOC 2009

Esse argentino é produzido em Mendoza na região de Lujan de Cuyo com a uva Malbec.

É um vinho de coloração púrpura com reflexos violáceos, deixou a taça repleta de lágrimas grossas. No nariz apresentou frutas vermelhas maduras (amoras, ameixas e baunilha) bastante aparentes, saltou ao nariz o carvalho do seu envelhecimento, e um pouquinho a mais de álcool do que eu esperava, mas não comprometeu esse bom vinho. Na boca tem corpo, fruta negra e taninos. Achei esse vinho um pouco "picante" demais, não é um vinho pra tomar sozinho, precisa de pratos fortes e suculentos pra abrir todo seu potencial,  sendo reservado para próximas experiências com comidas que requerem potência.

A primeira vez foi acompanhado de uma massa com molho a bolonhesa e infelizmente sobrou taninos, da segunda vez foi com carne de porco assada que combinou muito bem.

Sou um dos fãs dos vinhos da Bodegas Norton, que marcou o início das minhas experiências enogastronômicas. No Brasil, os preços não são dos melhores, girando em torno de 50 reais, pra quem vai pra Argentina a coisa fica na casa dos módicos 20 reais.

Esse vinho é um dos poucos Malbecs argentinos a ter a denominação de origem controlada DOC, os outros são Nieto Senetiner DOC, Luigi Bosca DOC e Lagarde DOC.

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25 de agosto de 2013

Quinta da Bacalhoa, Cabernet Sauvignon 2005

Esse Cabernet Sauvignon português da Terra do Sado tem denominação de origem controlada DOC Setubal, e de cara posso dizer que é um baita de um vinho.

Vermelho púrpura intenso, brilhante e com muitas lágrimas na taça. Aroma bastante complexo de frutas vermelhas (amoras e ameixas), especiárias e baunilha. Na boca mostrou estrutura e complexidade, com taninos macios, sabor de frutas vermelhas (amoras e ameixas) em explosão com toques de baunilha e chocolate.

Um vinho com muito potencial de guarda, considerado um dos melhores vinhos da Quinta da Bacalhôa, ganhou medalha de ouro na Wine Challenge de Londres em 2009. Vinho bem no estilo clássico Cabernet Sauvignon com muita fruta e especiaria. Harmonizados com Bacalhau à Gomes de Sá durante uma degustação de vinhos portugueses da Quinta da Bacalhoa.

24 de agosto de 2013

Falesco, Vitiano IGT, 2010

Esse vinho italiano é da região de Umbria, com o selo IGT (indicação geográfica típica). É produzido com o corte das uvas Merlot (33%), Sangiovese (33%) e Cabernet Sauvignon (33%).

Vinho de cor rubi brilhante que deixa muitas lágrimas na taça. O aroma é de frutas vermelhas e carvalho na medida certa. Na boca é untuoso e bastante viscoso, o começo é bastante frutado e tem um final seco e potente com sabor de especiarias, ligeiramente ácido.

É um vinho jovem com uma explosão de aroma de frutas vermelhas e madeira. Tem uma certa complexidade, mas não atraiu demais a atenção.

O custo dele é um pouco alto, o que o deixa menos atraente numa análise de custo-benefício, mas é um ótimo vinho. Esse foi degustado com o amigo Dalton durante a degustação de vinhos italianos.

23 de agosto de 2013

PKNT, Cabernet Sauvignon 2007

Marketing é tudo! Tenho uma certa queda por alimentos e bebidas que apelam no marketing, balinhas que prometem congelar a língua, bebidas que te dão asas, e agora, um vinho com uma baita pimenta no rótulo. Leitor, te juro, não iria comprar esse vinho se não fosse o apelo da pimenta no rótulo do vinho!

Ao tirar o laminado que cobre a rolha, a primeira surpresa, a rolha completamente vermelha - outra dose de marketing e não era só vermelha, tinha a mesma pimenta pintada em preto na rolha. Se era pra mexer com vontade, acertaram em cheio.

Esse vinho produzido com uvas Cabernet Sauvignon pela Vinícola Terraustral chilena, mais precisamente de vinhas do Vale Central. É um vinho de vermelho rubi intenso e brilhante. No nariz apresentou aromas de frutas vermelhas bem maduras (ameixas e amoras) com um toque charmoso de especiarias. Na boca teve um inicio discreto com toques frutados e bastante picante no final, bem característico das uvas Cabernet Sauvignon.

Faltou um pouco de expressão no início desse vinho e procurei pelas frutas sugeridas pelo produtor, mas infelizmente não encontrei. Achei a propaganda mais bem feita do que o produto que pelo que mostrou poderia ser um pouco mais barato.

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Salton, Espumante Moscatel

Sexta é dia de celebrar o fim da semana de trabalho, celebrar a saúde da família e dos amigos, nada melhor do que começar com um espumante mais doce. A minha dica para começar bem é um nacional produzido pela vinícola Salton.

Esse espumante é elaborado com a uva Moscato utilizando o Método Asti que é o mesmo usado para a produção de espumantes doces na Itália.

Este espumante é de cor amarelo palha com reflexos esverdeados, a perlage (as bolhas) são intensas e de tamanho médio, no nariz traz fruta cítrica e depois de algum tempo também apareceu damasco. É leve e desce fácil, mostrando boa acidez e um doce muito convidativo.

Tem um ótimo custo-benefício e combina com muitos petiscos, saladas e frutas. Esse foi degustado junto com algumas frutas.

Método Asti. O nome vem de uma região demarcada (DOC) da Itália, onde é produzido com uva Moscato, assim com essa espumante. Consiste de uma única fermentação em grandes recipientes, que é interrompida quando se atinge de 7% a 10% de álcool, deixando açúcares residuais da ordem de 80 gramas por litro (10 vezes mais que um espumante Brut).  O resultado é aromático e pouco alcoólico, e obviamente bastante doce.

22 de agosto de 2013

Pizzato, Fausto Merlot Rosé 2008

Vinho de cor rosa salmão brilhante, límpido. Ao abrir os aromas de morangos, framboesas e outras frutas vermelhas é bem marcante, na boca é fresco e jovem com predominância dos sabores de morango e goiaba.

As uvas Merlot que compõem esse vinho são plantadas na cidade de Dois Lageados, que fica a cerca de 50 km de distância do Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha.

No processo de produção a uva não passa pelo processo de moagem, o que confere ao vinho maior limpidez e uma acidez mais acentuada, fazendo com que o ponto forte desse vinho é a jovialidade e o frescor da fruta vermelha e a leve acidez que tornam esse vinho ótimo para o dia-a-dia. É um vinho para acompanhar pratos leves ou mesmo ser tomado sozinho.

Esse vinho foi degustado com uma torta de camarão do famoso Citybar de Campinas e desceu muito bem, acredito que pela leveza e pela acidez esse vinho possa combinar com outros pratos mais complexos como por exemplo um strogonoff.

O custo-benefício desse vinho também é seu ponto forte, pois é encontrado em casas especializadas por menos de 30 reais.

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Latitud 33, Syrah 2011

Foi um dos primeiros vinhos que comprei na Argentina, lá o custo-benefício é sensacional, uma garrafa gira em torno de 30 pesos, o que dá algo como 10 reais.

É um vinho para o dia a dia, sem a pretensão de ser um vinho para guarda ou para grandes ocasiões, mas nem por isso deixou de lado a qualidade, sendo um excelente vinho. Este é elaborado com a uva Syrah, na região argentina de Mendoza, pela Bodegas Chandon. 

De cor vermelho rubi intenso e brilhante, no nariz apresentou os aroma de frutas vermelhas (ameixas e amoras), depois de algum tempo na taça surgiram toques de baunilha e chocolates. Um ponto negativo foi que ele levantou um pouco de álcool a mais do que o desejado, mas não comprometeu seu aroma nem seu sabor. Na boca, o início foi suave com muita fruta vermelha, no final bastante picante.

Apesar de haverem outras combinações possíveis, esse foi degustado com carneiro de forno e combinou bastante, outros varietais (Malbec, Merlot, Chardonnay, Cabernet Sauvignon) dessa marca também são muito interessantes e mantém além da mesma qualidade, o excelente custo-benefício.

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20 de agosto de 2013

Como lavar as taças de vinho

As taças de cristal para vinhos são sensacionais exceto quando eu tenho que limpá-las, seja antes de usá-las e principalmente depois.

É fascinante como faz toda diferença tomar um vinho ou uma espumante na taça correta, mas lavá-las é algo terrível, se puder escolher prefiro até dar banho na gata "bitbull" siamesa da minha mãe do que enfrentar uma taça dessas na pia da cozinha.

Mas algumas dicas sobre como lavá-las fará você ter mais sucesso nessa batalha:

1. A lei seca do trânsito vale aqui também: Se beber não lave! Ponha um mínimo de água para facilitar a limpeza interna e deixe essa tarefa para o outro dia. Tudo tem seu tempo! Um dia bebe, outro dia lava.

2. Deixe a pia vazia para essa atividade. Desastres acontecem principalmente por falta de espaço. Taças, principalmente as de cristal, são as coisas mais frágeis dentro de uma pia lotada.

3. Procure lavá-las com água quente, isso dispensará o uso de detergente e facilitará a remoção de gorduras e principalmente marcas de batom que por via existirem;

4. Se for necessário o uso de detergente, prefira os líquidos e neutros. Uma única gota por taça e mais do que suficiente para limpá-las tanto dentro quanto fora e principalmente certifique-se de enxaguá-las até que não haja mais resíduos de detergente nelas;

5. Para a limpeza da taça, existem esponjas especiais para isso, eu uso uma escovinha daquelas mamadeira com cerdas macias que a Elis ganhou e acabamos não usando. Esfrego dentro e fora da taça, atenção especial deve ser dada a borda, pois é a parte mais frágil.

6. Enxágue com bastante água.

7. Seque as taças com um pano que não solte aqueles fiapinhos ou com papel toalha. Somente guarde as taças após a completa secagem das mesmas.

8. Prefira guardá-las de cabeça para baixo.

Observações Finais:

I. Panos de microfibra são ideais para a secagem das taças de vinho.

II. Taças de vidro (não-cristal) podem ser colocados na máquina de lavar louça, mas certifique-se de secá-las manualmente. Cristal e máquina de lavar louça não combinam.

III. Se a água quente e detergente neutro não forem suficiente para remover completamente toda a sujeira, use um pouco de bicarbonato de sódio para remover qualquer resíduo de vinho teimoso.  Se não tiver bicarbonato, improvise. Outro dia usei um pouco de Coca-Cola misturada com água quente para remover a sujeira de pelo menos umas duas décadas de armário de uma taça que ganhei da minha bisavó.

Borges, Vinho Verde Gatão

Esse vinho aberto quando a Heloísa fez uma salada de folhas verdes com um filé de salmão ao molho de alcaparras.

Muito fresco, esse vinho deixou bolhas em toda parede da taça. Sua cor é amarelo palha com reflexos esverdeados. O aroma de fruta cítrica maçã verde e um toque de limão foi discreto, na boca sua acidez fez com que a boca salivasse muito, abrindo caminho para o salmão e as alcaparras marcantes do prato.

Produzido com a combinação de uvas portuguesas Azal, Pedernã, Trajadura, Avesso e Loureiro tem esse nome devido a vila onde originalmente foram plantadas as primeiras safras desse vinho, sendo hoje denominado de DOC Vinho Verde. Hoje ele é produzido pela Vinícola Borges.

É um vinho de baixo custo, bom ser tomado acompanhado de peixes e frutos do mar. Vale a pedida e deve combinar muito bem no verão onde as temperaturas são mais elevadas e os pratos em teoria mais leves.

18 de agosto de 2013

Torres, Mas La Plana Gran Reserva Cabernet Sauvignon 2007

Esse vinho é elaborado com uvas Cabernet Sauvignon da região espanhola de Penedès, diga-se de passagem que essa uva vem de um seleto vinhedo exclusivamente para esse vinho. Já dá pra perceber que a coisa aqui é séria.

Vinho de cor vermelho púrpura com muitas lágrimas na taça. No nariz é intrigante e cheio de nuances frutadas (amoras e ameixas), madeira elegante e florais. Na boca, bastante complexo com uma explosão de frutas maduras, quase uma compota e madeira tendo um final de especiarias (pimenta), tudo isso muito aveludado e persistente, com taninos poderosos e um grande poder de guarda.

É o vinho mais emblemático da Bodega Torres, também chamado de Gran Coronas Mas La Plana, ganhou na safra de 1971 de vinhos como o Chateau Latour em uma degustação à cegas.

Esse foi degustado com torradas e cortes de presunto Pata Negra na degustação de vinhos espanhóis que participei.

17 de agosto de 2013

Sogrape, Mateus Rosé

Sempre que via esse vinho nas prateleiras dos mercados ficava com um pé atrás, será que é uma boa compra?

Da mesma forma que um livro torna-se emblemático após ser fotografado na cabeceira da cama de alguma personalidade influente, esse vinho já foi fotografado mesa da Rainha Elisabete da Inglaterra, do líder cubano Fidel Castro, literalmente na boca do músico Jimi Hendrix, encontrado aos montes na adega do ex-líder Saddan Hussein e na letra da música Social Disease do cantor Elton John.

Essa dúvida permaneceu até experimentá-lo numa degustação de vinhos portugueses.

É, para aqueles que gostam de vinhos, um vinho ligeiro, mas extremamente agradável. Não tem pretensões de ser um vinho estruturado ou que brinca com a imaginação daqueles que estão tentando desvendar aromas e sabores, a preocupação desse vinho é se ele é agradável e ponto final.

Esse vinho português produzido pela Sogrape é um feito com as castas Baga, Rufete, Tinta Barroca e Touriga Francesa. É de cor rosa claro brilhante e translúcido, no nariz apresentou uma frágil fruta vermelha no fundo quase imperceptível. Na boca é jovem e fresco, uma leve efervescência e uma acidez bem marcante.

Foi degustado com uma entrada pra lá de exótica, salada de arroz negro, que no começo desconfiei, mas depois da primeira garfada até repeti.

Um parêntesis é o sabor do arroz negro, completamente diferente do sabor do arroz convencional, lembra muito pequenos grão de uma avelã ou castanha, extremamente saboroso. Essa degustação foi promovida pela marca La Pastina e contou com a presença da culinarista Cristina e o sommelier Sandor.

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Catena Zapata, Alamos Malbec 2010

Sabadão é dia do planejamento da semana que vai começar, dia de ir ao mercado, de comprar comida pronta e rápida. Neste não foi diferente e na pauta do almoço um belo joelho de porco (Einsbein) com risoto milanes.  Para combinar com o peso do prato, nada melhor que um Malbec argentino.

O escolhido foi o Alamos produzido pela vinícola Catena Zapata de Mendoza na Argentina. É um vinho feito com uvas Malbec, vermelho púrpura intenso, com reflexos violetas que deixou algumas poucas lágrimas na taça, achei que fosse tingir a taça, mas não. No nariz tinha fruta negra como amoras e um pouco de baunilha, achei que seria de um frutado mais intenso. Na boca é uma cópia do que foi evidenciado no nariz, fruta negra, baunilha e no final um pouco de especiarias.

Achei que em se tratando de Catena Zapata, o Alamos, poderia ser algo mais surpreendente, mas é apenas um bom vinho, um Malbec de preço justo e com uma proposta honesta.

Com o Einsbein se deu muito bem, cortando a gordura da carne com seus taninos, deixando a fruta mais em evidência, valeu a escolha.

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Tsantali, Mavrodaphne of Patras

Outro dia me pediram pra dizer qual o vinho mais diferente que havia experimentado, e logo me veio a cabeça esse fortificado grego que comprei aqui em Campinas em um grande supermercado.

É um vinho fortificado, bom pra tomar junto com um sobremesa, esse foi produzido com uma uva autóctone grega chamada Mavrodaphne.

Tem cor vermelho terracota, quase cor de telha, brilhante e translúcido. Rico em aromas de frutas cítricas, lembrou muito os doces de laranja quando são preparados e exalam aquele cheiro de laranja e açúcar queimado, e também tinha um amadeirado que lembrou muito o aroma do whisky. Na boca é bastante doce sem ser enjoativo e o gosto da fruta cítrica é bastante persistente.

Lembrou muito os vermuts que meu avô bebia de vez em quando, esse foi aberto para tomarmos junto com uma barra de chocolate.

16 de agosto de 2013

Ponto Nero, Moscatel

Indo direto ao assunto dos espumantes com preço de até R$ 50, esse sem muita dúvida é o melhor dele, e te garanto que essa opinião não é só minha. É prova de que o Brasil faz espumantes competentes do mesmo nível de outros países mais tradicionais nessa arte.

Não me lembro em que ocasião fui apresentado a esse espumante, mas gostei dele no primeiro gole. É feito com muito capricho pela Domno, um braço da Casa Valduga. Esse capricho pode ser comprovado desde a abertura da garrafa.

É um espumante bastante suave e combina com pratos leves, saladas ou mesmo para um tintim sem acompanhamentos.

Produzido com a uva moscato, é um espumante de cor amarelo palha com reflexos esverdeados, apresenta bolhas muito finas e muito persistentes. No nariz é agradável com presença de frutas cítricas como o abacaxi e um pouco de maçã. Na boca é doce, com a acidez equilibrada e bastante agradável.

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Bodegas del Fin del Mundo, Ventus Patagonia 2010

Esse vinho é fabricado pela vinícola Bodegas del Fin del Mundo, na Patagônia argentina, mais precisamente no Vale do Neuquén e é uma assemblage (vinho feito com a mistura de vinhos de diferentes) das uvas Cabernet Sauvignon, Malbec e Merlot.

É um vinho de cor vermelho púrpura, límpido e brilhante. O aroma de início frutado (ameixas e amoras) dá lugar, depois de descansado à baunilha tostada e às especiarias. Na boca o início é bastante frutado, o meio é forte e seco e o final é picante. O entendimento dessa mistura de uvas deu ao vinho uma estrutura interessante que vale a pena ser conferida.

Os vinhos produzidos pela Bodegas del Fin del Mundo nunca me decepcionaram e primam pelo bom vinho, preços módicos e bastante sinceridade naquilo que fazem, esses elogios não transformam esse vinho num grande vinho, mas tenta dizer que pelo preço e pela proposta é um bom vinho de até 30 reais, melhor que muitos vinhos famosos de 30 a 50 reais.

Experimentamos esse vinho em companhia de um Capeletti ao Molho Bolonhesa no restaurante Artesanali Massas e Molhos e combinou muito bem.

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Freixenet, Carta Nevada Brut

A primeira vez que experimentei esse espumante foi em um casamento de uma prima no sul do país, prontamente comprei mais algumas pra trazer de lá. Foi uma boa ideia.

Esse espumante é espanhol da região de Penedès, de denominação Cava é elaborado com o corte de três uvas autóctones Xerel-lo, Macabeo e Parellada em quantidades iguais.

É de cor amarelo palha e límpido, com reflexos esverdeados. As bolhas são finas e muito persistentes, durando todo o tempo que o espumante esteve na taça. No nariz traz aromas de frutas brancas ácidas como a maçã e leves toques de abacaxi, depois de algum tempo na taça surgiu um pouco de aroma do fermento de pão. Na boca é seco, fresco e agradável, lembrou muito a maçã e a baunilha.

Particularmente não gosto de espumantes secos, logo não aconselho quem está começando a ir de cara num brut ou demi-sec desses, talvez a secura assuste um pouco. Mas para aqueles que já foram apresentados antes, esse espumante é bem feitinho e vale a degustação.

Tomamos esse com uns canapés, mas deve ser fantástico experimentá-los com comidas mais elaboradas e cheias de sabores contrastantes.

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15 de agosto de 2013

Cono Sur, Bicicleta Pinot Noir 2008

É o vinho da minha uva preferida, praticamente perfeito. É de cor vermelho púrpura claro, quase translúcido, límpido. No nariz é frutado com abuso de cerejas, amoras e ameixas, tudo isso com um toque defumado pra lá de elegante. Tem gente que ainda observa morangos e algumas outras frutas negras que não conheço direito. Na boca, as frutas diminuem de intensidade a um discreto tostado de especiarias com taninos bastante discretos e suaves, típicos dessa uva.

O que me fascina na Pinot Noir, é que atrás da sua suavidade e elegância há uma uva, que dizem os produtores ser chata demais, difícil de produzir e extremamente sensível a qualquer intempérie.

Essa uva é produzida num terroir de noites frias e manhãs com aquela neblina típica do inverno, sua colheita como não poderia ser diferente, é manual. Além disso, esse chileno fica descansando 60% em barris de carvalho e 40% em aço durante 8 meses.

Esse vinho foi tomado junto com camarões no bafo, vindos da cidade do meu cunhado Andy, Balneário Camboriú.

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Quinta do Côtto, Paço de Teixeiró Branco, 2009

Esse é mais um vinho fabricado pela competente vinícola portuguesa Quinta do Côtto. Produzido com o corte das uvas autóctones Avesso (60%) e Loureiro (40%), é um vinho todo certinho. Este vinho tem o selo de Vinho Regional do Minho (ou vinho verde).

De cor amarelo palha com reflexos esverdeados é bastante límpido, no nariz exibe muito abacaxi e notas minerais. Na boca é bastante ácido sem ser deselegante, proporciona a sensação de alívio na sede com o frescor de fruta jovem.

É um vinho com um bom custo-benefício, pode ser tomado sozinho ou em companhia de um canapé, de algum fruto do mar ou mesmo de um sushi.

A Quinta do Côtto foi uma das primeiras vinícolas a adotar o fechamento da garrafa com screwcap (aquele roscado muito comum em azeites), o que em Portugal, terra da rolha, é quase um pecado.

Confesso que não sou fã de vinhos verdes, mas esse da Quinta do Côtto me surpreendeu e fiquei com vontade de combiná-lo com outros pratos.  Esse foi acompanhado de um risoto de salmão com queijo mascarpone e ficou pra lá de bom.

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13 de agosto de 2013

O que combina com meu vinho?

Em praticamente todos os lares existe uma garrafa de vinho, seja ela vinda de um presente, de uma cesta do Natal passado ou mesmo de uma compra por impulso. Em algum momento bate aquela vontade de abrir a garrafa e logo vem a pergunta: Esse vinho combina com o quê?

Te garanto que até os mais entendidos erram nisso.

A ideia é diminuir a chances de um combinação que apague o gosto do vinho ou que possa esconder o saboroso prato.  Assim, o tomar um vinho fica mais agradável, e se você não é um habitué desse mundo, começará a fazer parte. Desde já, seja bem vindo.

Abaixo coloquei algumas dicas que tenho comigo desde que comecei a gostar de vinhos. Espero que lhes sejam úteis nessa hora de combinar a garrafa com o prato, e que a escolha tenha sido um sucesso.

Brancos Secos (Vinhos de Mesa, Sauvignon Blanc, Pinot Grigio, Albariño, Vinhos Verde) combinam com vegetais; legumes grelhados; torradas e pães; peixes.

Brancos Leves ou Pouco Encorpados (Gewurstraminer, Moscato, Malvasia, Riesling) combinam com queijos macios; queijos duros; embutidos, presuntos e salames; sobremesas pouco adocicadas.

Brancos Encorpados (Chardonnay, Viognier, Sauvignon Blanc) combinam com queijos macios; torradas e pães; frutos do mar; peixes; aves.

Espumantes (Champagnes, Prosseco, Cava) combinam com queijos duros; queijos macios; pães e torradas; peixes.

Tintos Leves ou Pouco Encorpados (Pinot Noir, Gamay) combinam com legumes grelhados; peixes; aves; embutidos, presuntos e salames.

Tintos Médios (Vinho de Mesa, Tempranillo, Zinfadell, Sangiovese, Grenache, Merlot) combinam com legumes grelhados; queijos duros; pães e torradas; aves; carnes vermelhas; embutidos, presuntos e salames.

Tintos Encorpados (Cabernet Sauvignon, Malbec, Syrah) combinam com queijos duros; pães e torradas; carnes vermelhas; embutidos, presuntos e salames.

Fortificados (Porto, Colheitas Tardia, IceWine, Shery) combinam com sobremesas mais adocicadas; embutidos, presuntos e salames; pães e torradas; queijos moles.

Combinações Perigosas: Chocolates, Sorvetes, Aspargos, Couve de Bruxelas, Alcachofras.

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Don Laurindo, Reserva Ancellotta 2005

São raríssimos exemplos em que uma uva pouco conhecida e prestigiada em sua origem possa se tornar um sucesso quando transplantada para outro local. Vale dizer que dentre esses raríssimos casos está a uva Malbec, que na sua origem no sudoeste da França não é lá essas coisas, mas tornou-se emblemática na Argentina, fazendo com que grandes produtores se instalassem em terras vizinhas.

Ao que parece, a vinícola Don Laurindo, do Vale dos Vinhedos na serra gaúcha está apostando no mesmo com a uva Ancellotta, que na sua origem, Emilia-Romagna, desempenha um papel coadjuvante no Lambrusco.

O Reserva Ancellotta é um vinho muito bom e muito bem feito, como outros que experimentei da vinícola Don Laurindo. De cor vermelho púrpura escuro é bastante brilhante e tingiu a taça. No nariz mostrou muita fruta, madeira e caça, bem diferente dos que já havia tomado. Na boca é frutado, marcante e com muitos taninos.

Não é um vinho pra se tomar sozinho, precisa de algo a altura, queijos fortes e carne devem ser um bom acompanhamento, ao contrário do que escrevi, tomei o meu sozinho, a adstringência deixou a boca um pouco amarrada.

Vale bastante pela iniciativa de se tomar um vinho de uma casta pouco conhecida, que até então é normalmente utilizada para dar cor a vinhos de outras uvas. Infelizmente não é um vinho que se encontra facilmente por aí, mas quando encontrado o custo-benefício é bastante bom.

11 de agosto de 2013

Maison Perrin, Muscat Beaumes de Venise 2006

Esse é um vinho diferente, um vinho de contemplação, daqueles vinhos que você toma pouquinho, ou tenta tomar pouquinho, junto com uma sobremesa ou mesmo com um bom chocolate. É um vinho fortificado, com 15% de álcool, produzido por uma das minhas casas favoritas, a Maison Perrin & Fils.

Elaborado com uvas Moscato no Vale do Rhône na França, é extremamente elegante.

Ao seu preparo é adicionado uma porção de álcool vínico, interrompendo o processo de fermentação (que é a transformação do açúcar da uva em álcool pelas leveduras) e deixando o vinho com um alto resíduo de açúcar e obviamente mais alcoólico.

A denominação AOC Muscat Beaumes de Venise é uma denominação de origem controlada dos vinhos produzidos na região sul do Vale do Rhône francês, que determina a produção de vinhos doces fortificados do tipo vin doux naturel (ou vinho doce natural).

Esse vinho é de cor amarelo ouro, bastante brilhante e translúcido, é muito denso, deixando a trilha de lágrimas na taça. No nariz explode o aroma de doce de laranja em calda, depois de um tempo na taça lembram o aroma do panetone natalino recém saído do forno, aquele cheirinho de fruta cristalizada quente. Na boca lembra o mel só que menos adocicado e com toques de menta, leve na acidez mantendo a alta persistência do gosto na boca, isso tudo sem ser enjoativo.

Como não podia ser diferente, o que é bom, custa caro, a garrafa de 500ml é comercializada por cerca de 170 reais, mas vale a dica principalmente para aqueles que gostam de vinhos fortificados e são desapegados. Esse foi degustado com um bombom da tradicional marca Lindt.

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Altos Las Hormigas, Clássico Malbec 2010

Esse Malbec, argentino do Vale do Uco, foi presente do meu sogro Lourenço, em uma das suas vindas à Campinas. Presente de sogro desse naipe sempre é bem vindo e o genro sempre gosta.

O Altos Las Hormigas é um vinho para ser degustado na companhia de uma carne vermelha, essa combinação faria Baco lamber até os beiços.

É um vinho de cor vermelho rubi escuro, quase negro, denso e untuoso, não permitiu que a luz atravessasse seu corpo. Deixou muitas lágrimas, tingindo toda a taça. A uva Malbec envelhecida em tonéis de Carvalho exalou um aroma forte e agradável de mel e baunilha tostados junto com todas as frutas características da casta. Na boca é potente, mas não é agressivo, bastante frutado e deixou a boca seca. Vale a experiência.

Para quem tem costume de comprar vinhos direto da Argentina é uma ótima opção pois por lá uma garrafa dessas não sai mais do que módicos 18 ou 20 reais. Abrimos esse com um prato de filé mignon ao molho de queijo Gorgonzola, mas fiquei imaginando num bife de corte portenho.

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Urban Uco, Tempranillo 2010

Elaborado na Argentina com a casta espanhola mais emblemática, o Urban Uco Tempranillo é um vinho moderno, idealizado para ser um vinho do dia a dia, como o nome diz, um vinho urbano.

De cor vermelho rubi brilhante, no nariz é repleto de notas de frutas maduras e noz moscada. Na boca é macio, bastante frutado e com pouca acidez. Combina bem com pratos mais simples de carnes e até massas com molhos mais fortes.

Foi comprado na Argentina por cerca de R$12, por aqui, vi o preço girando ao redor de R$50. Mesmo com tanta diferença, ainda vale a compra, pois é um vinho diferente daqueles comumente produzidos na Argentina, esse dança tango, mas lembra muito as touradas espanholas.

Quinta da Bacalhoa, Meia Pipa 2007

Este vinho é produzido pela Quinta da Bacalhoa, em Terras do Sado, região de DOC de Setubal em Portugal.

Vinho elaborado com todo o capricho e com os cortes das uvas Cabernet Sauvignon, Castelão e Syrah.


De cor vermelho rubi brilhante, untuoso, que deixou agradáveis lágrimas na taça. Seu aroma é de frutas vermelhas (groselha e amoras) com toques mentolados. Na boca os taninos são bastante equilibrados, deixando uma agradável secura com sabor de fruta madura e levemente apimentado.


O gosto de frutas vermelhas acompanhado com a pimenta característica da uva Cabernet Sauvignon é bastante agradável, o vinho é corpulento, seco e persistente na boca. Tem um bom custo-benefício e acompanhou muito bem o Bacalhau à Gomes de Sá.

8 de agosto de 2013

Tsantali, Halkidiki 2007

Pra quem vivia tomando vinho argentino era a hora de mudar, e que mudança. Esse vinho tem um nome difícil de pronunciar, quase um trava-língua. Repetido 3 vezes de maneira rápida e sucessiva é quase um teste.

É um vinho de cor vermelho terracota vivo, quase cor de telha. Aroma de frutas vermelhas frescas com maior presença do morango e alguma outra coisa que prontamente me lembrou das latas de figo abertas pela minha mãe quando chegava visita em casa. Na boca foi suave e de taninos maduros e calmos, uma característica da uva Limnio (uma uva autóctone muito antiga e várias vezes mencionadas por Aristóteles em seus escritos).

Foi comprado na curiosidade, pois essa é a minha primeira garrafa grega. Foi uma ótima surpresa, com custo-benefício muito bom. Harmonizado com cordeiro grelhado surpreendeu na comparação direta com um touriga nacional português. Degustado em Campinas com a Heloísa, Aparecida e os amigos Dalton e Lúcia.

7 de agosto de 2013

Valdorella, Chianti 2006

É um vinho italiano da região da Toscana. É feito com um corte das uvas Sangiovese, Canaiolo, Malvásia, Merlot e Cabernet Sauvignon.

De de cor vermelho rubi brilhante e translúcido. Com aroma de frutas vermelhas frescas (ameixa e framboesa), especiarias e um tostadinho de baunilha, principalmente quando o vinho fica por muito tempo descansando dentro da taça. Vinho de início doce e com um final com mais taninos, porém muito elegante, frutas vermelhas (ameixa e framboesa) bastante presentes, bem como toques de especiarias (principalmente pimentas) no final com bastante persistência.

A sigla D.O.C.G. no rótulo da garrafa  quer dizer Denominazione di Origi Controllata e indica o padrão italiano para controle de qualidade dos vinhos.

Esse Chiante da Valdorella é um vinho bem gostoso e elegante na boca, de aroma bastante frutado e intenso, pode ser encontrado facilmente em um bom supermercado e combinou muito bem com um macarrão ao sugo sem pretensões. Em Campinas, com a Heloísa.

6 de agosto de 2013

Las Perdices, Malbec 2010

Esse vinho ganhei de presente do primo Dunga, apreciador de vinhos lá de Pato Branco, no Paraná. Já estava guardado na adeguinha fazia um bom tempo, vale então a nota: guardado, mas não esquecido.

É um vinho varietal Malbec argentino, de cor púrpura com reflexos em violeta, denso e untuoso, deixou lágrimas na taça, mas na verdade mesmo tingiu bastante ela. No nariz tem muita amora em compota e baunilha, denunciando seu envelhecimento em Carvalho, na boca é potente e elegante, com taninos bastante maduros e muito frutado.

Sozinho chega a ser agressivo, precisa de um acompanhamento à altura e quando tem, mostra por que é um grande vinho. A graduação alcoólica dele é de 14,5% que fez as bochechas ficarem verdadeiras maçãs maduras, isso logo na primeira taça.

Tomamos sem compromisso junto com um risoto, faltou potência ao prato e sobrou taninos ao vinho, mas ainda assim nada que fosse deselegante ao paladar. O ruim é o preço praticado desse vinho no Brasil, encontrei outro dia a mais de 70 reais a garrafa, o que espanta a grande maioria.
3M+

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